Primeiramente, deve-se levar em consideração a questão de desenvolver e organizar as ideias. Prioriza-se, na produção de um texto, o conhecimento pré-existente. Esse conhecimento é construído por meio da capacidade que temos de questionar, repensar, refazer, reestruturar e aperfeiçoar nossas ideias.
É natural aprender a escrever, escrevendo. Por isso, antes de começar o texto, faça um esboço, mesmo com o intuito de que, inicialmente, ele terá a utilidade de um roteiro e que, durante a produção, poderá sofrer modificações.
Um método bastante simples de se estruturar as ideias começa com a anotação de todas elas, não se preocupando com uma sequência lógica. Tudo o que vier à mente dever ser escrito na folha, não importando a ordem ou os erros gramaticais. Apenas escreva. Essa técnica é conhecida como brainstorm, ou tempestade cerebral, e tem por objetivo registrar tudo sobre o assunto, para que mais tarde seja possível avaliar e organizar as ideias. Esse processo costuma gerar bons resultados.
Também é necessário que haja a consciência de que pensar supõe diálogo e, quando escrevemos, é preciso sempre estar presente que o alvo e a meta a ser atingida são os leitores. Assim que se conhecem as expectativas do receptor, é possível compreender as principais informações que devem estar contidas no texto. Quando a transmissão é objetiva, pode-se chegar à organização ideal do texto. Atribuir a atenção devida ao leitor faz dimensionar o valor e dar destaque ao assunto mencionado no texto.
Uma elaboração prévia faz com que as informações menos importantes fiquem designadas a um segundo plano, ou mesmo desprezadas. Fique atento àquelas que são capazes de deixar o texto fluir; elas merecem um detalhamento maior.
O controle das palavras é completamente possível quando se faz uma redação. O importante, para isso, é saber como fazer uma boa redação! É preciso, para isso, lê-las em voz alta, primeiro, e ouvir como soam aos seus ouvidos, perguntando se o contexto faz sentido. Também é possível pronunciá-las em baixo tom, perguntando se realmente transmitem o que deseja. Reescrevendo o que já escreveu, aparecem várias chances de acertar, antes de mandar a mensagem para o receptor.
Para escrever bem e de maneira simples, atribuindo qualidades à linguagem, alguns pontos devem ser levados em consideração. São eles: clareza, fluência, concisão, precisão, coesão e coerência.
Numa primeira leitura, esse fator permite a compreensão. A clareza consiste na expressão exata de um pensamento. Para isso, recomenda-se o uso de períodos curtos, ausentes de adjetivação e rodeio de palavras e que não contenham duplo sentido e quebra da ordem lógica. É importante não rabiscar a redação a ser entregue. Para isso, faça rascunhos. Mas, se isso não for possível, escreva, antes de mais nada, um esquema com todos os itens a serem desenvolvidos. Os parágrafos não devem ser muito grandes. Cada item deve ser desenvolvido em um parágrafo.
A leitura ininterrupta é proporcionada por esse fator. A fluência é característica das redações que não causam prejuízo da compreensão e necessidade de releitura. Exemplos de textos claros, fluentes e adequado aos seus leitores, são os jornalísticos e o dos livros didáticos. Geralmente, quando a ordem direta de um período é quebrada, intercalando-se ideias entre os termos integrantes da oração ou entre orações de um período, a fluência do texto acaba sendo prejudicada.
Quando utilizado o mínimo de palavras para dizer o máximo possível de coisas, a concisão passa a ser uma qualidade do texto. Para isso, elimine a superficialidade de termos e expressões. A prolixidade é inimiga número um da concisão.
Quando uma palavra certa é utilizada para dizer exatamente o que se quer expressar, usamos a precisão. Esse fator é determinado pelo domínio do vocabulário que temos. O conhecimento de um grande número de palavras não é um determinante nesse caso. Logo, a expressão e a recepção da mensagem são facilitadas e abreviadas por um vocabulário preciso.
Para que esse fator exista, é necessária uma ligação lógica entre as palavras, orações, períodos e parágrafos. Para que isso ocorra, o autor não deve escrever palavras ou frases “soltas”. O uso correto de conectivos como: mas, porém, contudo, todavia, o qual, cujo, quanto, que, onde, etc. Eles evitam a repetição excessiva das mesmas palavras.
A coerência aparece quando as ideias expostas estão relacionadas de tal maneira que a conexão é evidente, dando origem a uma linguagem lógica. Nos textos coerentes, não há nada destoante, ilógico, contraditório ou desconexo.
As principais dicas de redação são:
→As palavras difíceis devem ser deixadas de lado, caso você tenha dúvidas quanto ao significado. Logo, nada de apenas causar uma boa impressão;
→Sempre que possível, evitar o uso de gírias. Por isso, sempre prefira recorrer à linguagem culta e formal;
→A boa imagem é causada quando a grafia é escrita corretamente. Evite palavras estrangeiras. Um exemplo é, ao invés de se escrever a palavra “hobby”, escrever “passatempo”;
→Sempre utilize o dicionário como um suporte para a elaboração de seus textos. Enquanto se escreve, é natural que apareçam dúvidas quanto à grafia correta das palavras. Também, deve-se utilizar o dicionário para enriquecer o vocabulário nos textos.